terça-feira, 22 de novembro de 2011

A moeda de D. João V (1)


O Ouro e a Moeda

                Na mesma época que D. Maria I pôs fim às companhias privilegiadas, iniciou-se a moeda própria brasileira.
            Até aos finais do século XVII o ouro e a prata não eram muito abundantes no Brasil (o mesmo acontecia também nas colónias portuguesas de África), pelo que Portugal dependia quase na totalidade dos metais preciosos de Espanha para equilibrar a balança deficitária portuguesa. Mas com a decadência de metais preciosos espanhóis, Portugal foi obrigado a abdicar da moeda que produzia, consequentemente o marco1 do ouro subiu significativamente.
            Mais tarde surgiram técnicas que permitiram o melhoramento do aspeto das moedas (maior perfeição da circunferência, introdução de uma serrilha exterior que impediu o cerceio2 resultante da escassez do numerário).
            A moeda circulante aumentou, prosseguindo as importações de ouro espanhol novamente.
            A descoberta das minas de ouro do Brasil aumentaram a produção nacional de moedas, adquirindo grande valor em ouro e em prata. Em 1699, Lisboa começou a receber os primeiros 514 quilos de ouro que foram aumentando nos anos seguintes. Na década de 1760 as quantidades foram baixando, continuando a descer até ao começo do século XIX.
            Mas foi no reinado de D. João V, para corrigir as dívidas, que a moeda portuguesa foi mais faustosa.





Notas:
Marco1 – unidade monetária
Cerceio2 – Aparar as extremidades da moeda, provocando a diminuição do valor interno/natural da moeda.  








            Diana Almeida, nº11, 11ºE
            Liliana Torres, nº 14, 11ºE
           Wendy Matias, nº23, 11ºE

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